A julgar pelo retrospecto, não espere muito do segundo jogo da Copa do Mundo de 2010. Uruguai e França é o único confronto da primeira fase que reúne duas seleções que já foram campeãs mundiais. Teoricamente, um clássico. Mas na história da competição, um encontro de peso como esse é sinônimo de poucos gols. Nas sete vezes em que dois campeões estiveram frente a frente na fase de grupos, houve cinco empates (três em 0 a 0) e apenas seis gols foram marcados (média inferior a um por partida). Será que uruguaios e franceses vão conseguir quebrar essa escrita e nos brindar com um jogão de bola na primeira rodada do grupo A?
A primeira vez que dois campeões tiveram de se enfrentar logo na primeira fase foi na Copa do Chile, em 1962. E começou a sina: um empate sem gols entre a Alemanha Ocidental (campeã em 1954) e Itália (bi em 1934/38).
Na Copa do México, em 1970, a tabela reservou dois choques de gigantes no início do Mundial. Um deles entre os campeões das três edições anteriores: Inglaterra, que defendia o título de 66, e o Brasil, então bicampeão de 58/62. Jairzinho fez o gol da vitória brasileira pela segunda rodada do grupo 3. Pelo grupo 2, os bicampeões Uruguai e Itália ficaram no 0 a 0.
O México parece atrair esse tipo de partida. Na Copa de 86, novamente houve dois confrontos de campeões na primeira fase. E tome empate. Itália x Argentina, pelo grupo A, e Uruguai x Alemanha Ocidental, pelo E, terminaram com o mesmo placar: 1 a 1.
A Copa de 2002 também teve clássico em dose dupla. No grupo F, a Inglaterra derrotou a Argentina por 1 a 0, gol de pênalti marcado por David Beckham. E o outro jogo, por coincidência, é o mesmo desta sexta-feira. França e Uruguai não saíram do 0 a 0 pelo grupo... A (opa, o mesmo desta Copa). Um péssimo presságio.
O GLOBO
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