Ao contrário do que aconteceu em 1938, quando o Vitória tomou 19 gols em apenas dois jogos contra o Bahia , os Ba-Vis de 1939 foram bastante disputados. Nos três clássicos do Estadual daquele, o Bahia levou a melhor em um, o Vitória em outro e houve um empate.
Como tira-teima e de olho numa grana extra vinda da renda do clássico, os dirigentes dos clubes resolveram organizar um Ba-Vi para 8 de novembro, dia da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Só um time considerou o jogo como amistoso, oVitória , e se deu mal. Obstinados como se estivessem numa final de campeonato, os tricolores partiram com tudo para cima do leão e reviveram as épicas goleadas do ano anterior, quando venceu o rival por 9 a 4 e por 10 a 2.
O primeiro tempo terminou em 3 a 1 para o esquadrão de aço, com gols de Tintas, Vareta e Nelson, sendo que Mozart fez o de honra do Vitória . O técnico rubro-negro culpou o goleiro pelo fiasco e promoveu uma troca na posição para a segunda etapa - Henriquinho entrou no lugar de Scheppi. Não adiantou.
Aos nove minutos da etapa final, Antenor fez o quarto. Aos 22, Vareta anotou o quinto. Até os 40, o Bahia faria mais quatro gols - dois de Vareta, um de Luiz Viana e um de Nandinho. Nos acréscimos, Vareta ainda achou tempo para marcar o décimo.
De alma lavada, a torcida tricolor saiu do Campo da Graça direto para os festejos por Nossa Senhora da Conceição, comemorando a maior goleada da história dos Ba-Vis à base de muita comida típica baiana e cerveja.
Data: 08/12/1939
Local: Campo da Graça
Árbitro: Anísio Silva
Gols: Vareta (5), Tintas, Luiz Viana, Nandinho, Antenor e Nélson, para o Bahia ; Mozart, para oVitória .
Bahia : Menezes; Heitor e Serra; General, Munt e Gia; Antenor, Tintas, Nélson (Nandinho), Jorge (Luiz Viana) e Dedé.
Vitória : Schepi (Henriquinho); Umbelino e Bubu (Heitor); Bengalinha, Mesquita e Zé Catharino; Mozart, Durval, Siri, Raul e Vavá Tourinho (Francisco).
Bavi.com.br
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