Publicamente, a diretoria do São Paulo descarta demitir Emerson Leão, assim como o técnico nega a todo custo que o afastamento de Paulo Miranda imposto pela diretoria seja uma interferência em seu trabalho. Mas é fato, contudo, que o prestígio do treinador não é o mesmo. E até um dos astros da equipe admite a possibilidade de troca de comando caso o Tricolor seja eliminado pela Ponte Preta nesta quinta-feira, na Copa do Brasil.
“No futebol, tudo pode acontecer. Mas é muito cedo ainda para pensar em demissão do treinador, o ano está começando”, comentou Luis Fabiano, já mostrando uma discordância que ele mesmo desvaloriza, já que os dirigentes mostraram ser “soberanos”, como classifica Leão, no caso Paulo Miranda.
Por isso, o camisa 9 entende que seu chefe está na mesma condição de outros treinadores e até dele mesmo no clube do Morumbi. “Se o Corinthians perder, o Tite corre risco. O Felipão também corre risco sempre (no Palmeiras), eu corro risco. Quando não vem vitória, sempre se corre risco”, comentou o capitão do time na ausência de Rogério Ceni.
Paulo Miranda era um dos homens de confiança de Leão, que diz não ter multa para rescisão do seu contrato, que acaba em dezembro. Embora tenha acertado com o São Paulo antes mesmo de sua chegada, o técnico o definiu como titular desde o primeiro treino em que o teve à disposição, durante a pré-temporada em Cotia. Até a diretoria barrá-lo, o camisa 13 só não atuou quando esteve suspenso ou machucado.
Aos atletas, para ajudar seus colegas e seu chefe, só resta vencer a Ponte Preta por dois ou mais gols de diferença nesta quinta-feira, no Morumbi, e avançar às quartas de final da Copa do Brasil. O resultado diminuiria a pressão e garantiria, mesmo que momentaneamente, um período de menor temor no CT da Barra Funda.
GAZETA ESPORTIVA
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