Madrugada de sábado. Enquanto muitos ainda se divertem em bares ou boates, outros, como os jogadores do Madureira, iniciam seus trabalhos. O LANCENET! acompanhou passo a passo a preparação do Tricolor Suburbano nas horas que antecederam ao confronto com o Boavista, o primeiro realizado no peculiar horário das 8h no Carioca.
Como o Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj) conseguiu uma liminar que proíbe a realização de jogos do Campeonato Carioca entre 10h e 17h e o Madureira não possui refletores em seu estádio, os jogadores tiveram que tomar o café da manhã às 5h25. Às 6h12 o ônibus seguiu para o estádio e chegou por volta das 7h.
Os atletas se aqueceram e às 8h02 a bola rolou para o histórico confronto matinal. Se você gosta de uma pelada, esse é o horário ideal. Mas cuidado. Para jogar nesse horário é preciso boa preparação. É o que garante o preparador físico do Madureira, Braulio Pinheiro, que classificou o fato como inédito e inusitado em sua carreira.
– Em 14 anos de futebol nunca vi isso. É no mínimo curioso. Esta semana priorizamos os treinamentos na parte da manhã, para o corpo dos atletas se acostumar com o horário. A alimentação também pesou na preparação – afirmou.
E quem pensou que o público decepcionaria, se equivocou: 629 pessoas acompanham a partida. Foi quase o mesmo número de torcedores do jogo do Vasco pela Copa do Brasil, diante do Sousa (PB), na última quinta-feira.
Antes de algum galo esboçar seus primeiros cantos matinais e de qualquer coruja pegar no sono, a bola em Madureira já estava rolando. São coisas do futebol.
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