segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasil se classifica em dia "infernal" para França e Itália

O domingo foi de muita festa para a Seleção Brasileira. Diante da Costa do Marfim, o time comandado por Dunga encontrou muito mais espaços do que na estreia diante da Coreia do Norte, controlou o jogo e venceu confortavelmente por 3 a 1, garantindo passagem às oitavas de final da Copa do Mundo. Luís Fabiano desencantou e marcou dois belos gols, enquanto Kaká teve atuação bem melhor que na primeira partida - apesar do cartão vermelho recebido pouco antes do fim.


Se o Brasil teve motivos de sobra para comemorar, as duas seleções finalistas da última Copa viveram um dia exatamente oposto. Com grandes chances de ser eliminada na primeira fase, a França teve o treino cancelado por causa de uma "rebelião" dos jogadores, que contou até com uma briga do capitão Evra com o preparador físico do time. Já a Itália voltou a jogar mal e não passou de um empate por 1 a 1 com a Nova Zelândia.

Diante da força física dos marfinenses, a Seleção encontrou algumas dificuldades no início da partida. A marcação adversária era adiantada e impedia as subidas dos laterais Maicon e Michel Bastos. Aos poucos, porém, os espaços foram aparecendo, à medida que a Costa do Marfim atacava com mais jogadores. Em uma bela troca de passes entre Robinho, Kaká e Luís Fabiano, o camisa 9 saiu na cara do gol e estufou as redes, acabando com seu jejum de seis partidas sem marcar com a camisa amarela.

Depois de abrir o placar, o Brasil teve completo domínio do jogo e foi pouco ameaçado. Luís Fabiano ampliou a contagem em um lance espetacular, que contou com dois chapéus nos zagueiros africanos, mas também irregular: ele dominou a bola no braço antes de fuzilar o goleiro Barry de pé esquerdo. O atacante reconheceu o toque ilegal depois do jogo, mas elegeu o gol como o mais bonito de sua carreira.

Elano fechou o caixão da Costa do Marfim pouco depois, após completar cruzamento rasteiro de Kaká. Na comemoração, ele mostrou as caneleiras com os nomes das duas filhas. Caneleiras que evitaram o pior quando Tioté entrou maldosamente sobre o camisa 7 brasileiro, que saiu de maca, mas não deve ser problema para o jogo da próxima sexta-feira, contra Portugal.

O que caminhava para ser um jogo perfeito teve alguns pontos negativos nos minutos finais. Primeiro, Drogba aproveitou um cochilo da zaga brasileira para aparecer sozinho na área e cabecear no canto de Júlio César, diminuindo o prejuízo. Depois, Kaká se irritou com os marfinenses, que começaram a apelar para faltas duras, e deixou o braço no peito de Keita. O adversário se jogou no chão com a mão no rosto, o árbitro francês Stéphane Lannoy foi na dele e mostrou o segundo cartão amarelo ao camisa 10, expulsando-o de campo.

O Brasil teve alguns motivos para lamentar, mas nada perto do que viveram dois de seus maiores rivais neste domingo. Antes do treino da França, o lateral esquerdo Patrice Evra, capitão do time, quase trocou agressões com o preparador físico Robert Duverne. A atividade foi cancelada e o diretor da Federação Francesa de Futebol, Jean-Louis Valentin, pediu demissão. O clima tenso é agravado pela situação do time no Grupo A: um ponto após duas rodadas e risco sério de queda na primeira fase.

A Itália também teve um dia para ser esquecido. Contra a limitada Nova Zelândia, os atuais campeões mundiais encontraram muita dificuldade para vencer a dura marcação adversária e saíram atrás no placar com um gol em impedimento de Smeltz. O empate só veio em um pênalti duvidoso, convertido por Iaquinta. Depois, muito suor e pouca inspiração até o apito final.

Os neozelandeses comemoraram o empate por 1 a 1 como se fosse um título mundial. Do outro lado, a decepção dos italianos era evidenciada pela cara de incredulidade do técnico Marcello Lippi. A Itália tem dois pontos no Grupo F e depende de uma vitória sobre a Eslováquia, para chegar às oitavas de final sem uma combinação de resultados.

Eslovacos que não fizeram frente ao Paraguai, na outra partida deste domingo, e perderam por 2 a 0 em um jogo de poucas emoções. Vera e Riveros marcaram os gols da seleção sul-americana, que se contentou em defender e manter a vantagem durante o restante do tempo. Com a vitória, os paraguaios são os líderes do grupo, com quatro pontos, e jogam pelo empate diante da Nova Zelândia na rodada decisiva.

TERRA

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