Quem acompanha de fora um treino do São Caetano escuta o barulho de chutes, gritos, comemorações e… rojões! Fogos? Na véspera das partidas, nos rachões, já virou rotina o técnico Ademir Fonseca subir para o gramado trazendo uma caixa com fogos de artifício.
Fósforo, braço para cima e 12 tiros para o alto. O primeiro estrondo significa que começou o “dois toques”. Depois disso, barulho apenas depois de cada gol marcado.
Fósforo, braço para cima e 12 tiros para o alto. O primeiro estrondo significa que começou o “dois toques”. Depois disso, barulho apenas depois de cada gol marcado.
– O significado dos fogos é festa, e onde tem festa, sempre tem alegria. E com alegria as coisas funcionam melhor no futebol. E é isso que eu estimulo nestes trabalhos – explicou o treinador mineiro Ademir Fonseca.
O que parecia estranho no começo caiu nas graças dos jogadores do Azulão. A animação dos treinos por causa dos rojões fez a equipe decolar na tabela desde a chegada do treinador. Nas cinco primeiras rodadas, sem Fonseca, o Azulão ocupava a 19ª colocação, com dois pontos – empates contra Santos e Ponte Preta – e três derrotas.
Depois que o foguetório começou, o time conquistou nove dos 12 pontos disputados, e já está na luta por uma das oito vagas para as quartas de final.
Depois que o foguetório começou, o time conquistou nove dos 12 pontos disputados, e já está na luta por uma das oito vagas para as quartas de final.
Ademir solta rojão no Anacleto Campanella (FOTO: Miguel Schincariol)
Estratégia antiga
Ademir Fonseca não costuma soltar rojões apenas na hora do rachão, trabalho mais descontraído da semana. Quando estava no comando do Tupi (MG), em 2001, o treinador lembra que usava a brincadeira até com os atletas que não podiam entrar em campo.
– Eu fui na porta do departamento médico e soltei um rojão ali. Todo mundo tomou um susto, porque estava um silêncio. Aí gritei: "vocês vão sair logo daí, ou vão ficar a vida toda sem jogar?" – lembrou Fonseca, dando risada.
– Eu fui na porta do departamento médico e soltei um rojão ali. Todo mundo tomou um susto, porque estava um silêncio. Aí gritei: "vocês vão sair logo daí, ou vão ficar a vida toda sem jogar?" – lembrou Fonseca, dando risada.
Acostumado a soltar fogos, o treinador contou que só se assustou uma vez com os rojões. Na ocasião, a brincadeira poderia não ter tido um final feliz.
– Uma vez eu soltei para baixo, em casa, durante as festas de fim de ano. A sorte é que não tinha ninguém perto e não aconteceu nada grave… Nos clubes, nunca tive problema – completou.
– Uma vez eu soltei para baixo, em casa, durante as festas de fim de ano. A sorte é que não tinha ninguém perto e não aconteceu nada grave… Nos clubes, nunca tive problema – completou.
LANCENET
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