Diz o folclore do futebol, que as finais, as decisões de títulos com partidas de ida e volta, são jogos de 180 minutos. Dentro desta linha, desta matemática, o Vitória, venceu o 1º tempo das finais do Campeonato Baiano, domingo passado no estádio Governador Roberto Santos, em Pituaçu, por 1 a 0, e tem amanhã, em casa, no estádio Manoel Barradas, na Toca do Leão, na disputa do 2º Ba-Vi, o 2º tempo, mais 90 minutos do clássico contra o Bahia, para manter, ou ampliar este resultado, e conquistar o 2º tetracampeonato baiano, o 26º título Estadual na história dos seus 111 anos de fundação, que completa no próximo dia 13 de maio.
Clássico é clássico, e para lembrar que nada está decidido ou definido, o Bahia lembra que não perde no estádio Manoel Barradas desde 2006, e que nos oito jogos disputados neste período no Barradão, ganhou cinco e empatou três, dois por diferença superior a dois gols, o placar que o time do técnico Renato Gaúcho precisa para quebrar um jejum, um tabu de oito anos sem a conquista do Baiano, logo ele, o tricolor, que é o 2º clube no país que tem o maior número de títulos estaduais conquistados, 43, contra 51 do ABC de Natal, no Rio Grande do Norte.
Mas todos os caminhos levam a uma grande festa na Toca do Leão. Com a melhor campanha ao longo do Campeonato Baiano, com 43 pontos ganhos, contra 42 do Bahia, o time do técnico Ricardo Silva começou a decidir o título com a vantagem de jogar por dois empates, ou dois resultados iguais, para ser campeão. No primeiro clássico, em Pituaçu, venceu o Ba-Vi por 1 a 0, e ampliou sua vantagem. Agora, o rubro-negro pode perder o 2º clássico até pela diferença de um gol, que ainda assim conquista o tetracampeonato baiano de 2010.
A expectativa é de casa cheia no estádio do Barradão, com recorde de público – 35 mil pagantes – e de renda – R$ 900 mil – no Campeonato Baiano, num clássico que pela primeira vez não terá a presença “oficial” das duas maiores torcidas do futebol baiano, a Bamor, do Bahia, e Os Imbatíveis, do Vitória, que neste Ba-Vi não poderão usar seus uniformes, bandeiras e charangas nas arquibancadas do estádio do Barradão. Monitoradas pela Polícia Militar, tudo em nome da paz no futebol.
