O atacante Emerson Sheik, do Corinthians, e o volante Diguinho, do Fluminense, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por contrabando e lavagem de dinheiro.
O documento será analisado por um juiz, que pode demorar até 15 dias para responder se aceita a denúncia. Caso isso aconteça, os dois correm risco de pegar de quatro a 12 anos de prisão.
A Polícia Federal descobriu as irregularidades durante a operação Black Ops, inicialmente voltada ao monitoramento do israelense Yoram El Al, que atuava na máfia dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. A investigação apurou que a concessionária Euro Imported Cars era utilizada pela quadrilha para lavagem de dinheiro.
Emerson comprou dois carros com notas subfaturadas - por isso pode responder duplamente por contrabando -, sendo que um deles foi repassado a Diguinho. Entre as irregularidades que evidenciam lavagem de dinheiro, os veículos teriam sido emplacados em nome de terceiros, devolvidos à loja e depois recomprados, o que criou "uma cadeia de compra e venda do mesmo veículo articificialmente, de maneira a distanciar o real comprador e destinatário do veículo da importação ilegal".
Caso respondam ao processo, os jogadores podem ser impedidos de deixar o Brasil, o que os deixaria fora de jogos pela Libertadores, por exemplo.
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