Que fim de mandato.
O nosso alcaide descendo a ladeira triste, amargurado, estressado, sem poder sequer ir aos lugares que habitualmente freqüentava antes de assumir a função de prefeito.
Entrou no palácio apoiado pelo povo, pelos políticos do seu partido e coligados.
O que vemos no momento é um cidadão/político abandonado à própria sorte e até proibido de acompanhar a sua candidata na campanha. Inimaginável situação.
Política também tem dessas coisas.
Infelizmente só conseguiu fazer o feijão com arroz do início do governo, daí em diante só foram tropeços e mais tropeços.
Assessorado por um grupo que mais atrapalha do que ajuda, com inúmeros secretários não conseguindo realizar nenhum tipo de trabalho que viesse trazer algum benefício para a cidade.
Entrou apoiado e vai sair sozinho, cabisbaixo com uma altíssima rejeição política e alguns que estiveram no seu governo já debandaram para os outros candidatos.
Política é assim, um verdadeiro exercício para abraçar o poder, mas na hora da derrocada deixam o coligado de lado e abandonado.
O nosso alcaide foi nomeado por lei para exercer a função de Gestor Público, é quem responde e vai responder pelos atos e fatos ocorridos na sua gestão.
Assessores, secretários e partidos políticos pouco ou nada respondem por algum deslize administrativo, a bomba recai mesmo no colo do Gestor Público, que é conhecido como prefeito municipal.
Posso estar enganado, mas o que aconteceu de ruim no mandato do prefeito tem também a participação dos partidos coligados, que normalmente abandonam o barco que está afundando, como está acontecendo neste momento com o nosso alcaide – triste, sozinho, abandonado num mar revolto.
Está aí os candidatos prometendo fazer de Ilhéus uma cidade do outro mundo, falsa crença em promessas de campanha e quem assumir o poder com certeza absoluta vai assim se expressar: “encontrei uma cidade abandonada, caixa sem recursos, com muitas dívidas a pagar, precatórios batendo nas portas”. Blá, blá, blá…
Esta lengalenga é velha e não surte mais efeito.
E aí começa tudo de novo, quatro anos de mandato que pode ser bom ou ruim e a vida segue seu rumo normal.
Ah! O povo? A cidade? Que se dane ou se…
VOTO não tem preço, TEM conseqüência.
ZÉCARLOS JUNIOR

R2CPRESS