domingo, 8 de maio de 2011

Macaco velho, técnico do Vitória sempre bota os adversários lá em cima


por Angelo Paz - Correio*  
Foto: Andréa Farias/Arquivo Correio*Câmeras ligadas, Antonio Lopes senta na cadeira, ajeita o corpo e dá ok para o início das perguntas. É assim toda quarta e sexta, dias de entrevista coletiva do delegado. Por mais que ninguém pergunte sobre o adversário da vez, o treinador arruma um jeitinho de encher a bola do rival.

Seja Ipitanga, Serrano, Colo Colo, Bahia ou qualquer outro time do planeta, uma frase estará sempre presente: "é um bom time, tem jogadores de boa técnica...". É o truque da experiência. Na resenha pós-coletiva, Lopes confessa. "É preferível endeusar o adversário, que ele vem pisando em ovos e aí você... Não é bom cutucar o Leão com vara curta", passa recado o senhor de 69 anos, 40 deles dedicados ao futebol.

Sobre o Bahia de Feira, adversário da final do Baiano, o discurso ganha corpo. "Tem alguns casos que eu elogio mais pra evitar polêmica. Mas o caso do Bahia de Feira é diferente. Não estou enfeitando, é uma realidade", garante. Que a fórmula do respeito dá certo, ninguém duvida. Nessa, Lopes já ganhou Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, além de outros títulos importantes.

Mas de volta ao Tremendão, adversário de amanhã no jogo de ida da final, às 16h, no Joia da Princesa, Lopes tem mais coisas a falar. "Vocês (jornalistas) são espertos. Lá tem João Neto, Carlinhos... Tem bons volantes como Diones, (o lateral-esquerdo) Edson... É um bom time. Acho até que já falei isso pra vocês na coletiva anterior", diz. Bem lembrado, professor: na quarta-feira, o senhor falou mesmo

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