Médico diz que resultados prometidos por diversos produtos são falsos
Óleo de Coco: badalado, mas pouco eficazShutterstock.com
Do Metro vivabem@band.com.br
Ele está presente nas prateleiras das casas de produtos naturais e de algumas farmácias pelo país. Seja em forma líquida ou até mesmo em cápsulas, o óleo de coco se tornou um dos produtos mais badalados na busca pelo emagrecimento rápido e sem esforços.
Os resultados milagrosos que os usuários esperam obter, no entanto, não passam de falsas promessas, conforme explica o endocrinologista e chefe do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Márcio Mancini.
“A substituição de algumas colheres de sopa do óleo de soja, por exemplo, por óleo de coco no cozimento dos alimentos pode trazer discretos benefícios em relação ao nível de LDL (colesterol ruim) e triglicérides, com discreta redução, assim como um ligeiro aumento no HDL (colesterol bom). No entanto, no caso das cápsulas, a quantidade é tão pequena que não vai fazer nenhuma diferença”.
O especialista alerta, no entanto, para duas desvantagens na substituição do óleo para o cozimento. “Além de mais caro, deixa gosto”.
Segundo Mancini, a falta de estudos que comprovem a eficácia do produto para efeito de emagrecimento também pode ser considerado prova de que o óleo de coco não é tão milagroso quanto esperado. “Não é difícil promover trabalhos que comprovem a eficiência dos produtos. Se não há publicações confiáveis é sinal de que os resultados não foram satisfatórios”.
Para quem precisa emagrecer, Mancini recomenda as seguintes medidas. “Se a pessoa precisa perder pouco peso, a dica é reduzir gordura e açúcar. Mas caso precise perder mais de 10 kg o mais aconselhável é procurar um médico.”
Estudos inconclusivos
Pesquisadores da Universidade de Alagoas, em Maceió, publicaram, em 2009, um estudo considerado inconclusivo sobre o óleo de coco.
Os cientistas observaram 40 mulheres obesas, com idade entre 20 e 40 anos, por 12 semanas. Durante o período, além da restrição de calorias e do aumento do consumo de fibras e proteínas na dieta, 50 minutos de caminhada e a ingestão de suplementos como óleo de coco e óleo de soja foram inclusos na rotina.
Ao final do trabalho, o grupo que ingeriu óleo de coco apresentou maior nível de HDL (colesterol bom) e menor índice de LDL (colesterol ruim), enquanto o outro grupo teve os dois tipos de colesterol aumentados.
A redução do IMC (Índice de Massa Corporal) foi observado nos dois grupos, embora apenas o que consumiu óleo de coco tenha apresentado redução nas medidas abdominais.
Apesar dos primeiros resultados, os pesquisadores concluíram que seria necessário promover outros estudos para se certificar dos resultados apresentados e para avaliar as consequências do uso do suplemento em longo prazo.
Os resultados milagrosos que os usuários esperam obter, no entanto, não passam de falsas promessas, conforme explica o endocrinologista e chefe do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Márcio Mancini.
“A substituição de algumas colheres de sopa do óleo de soja, por exemplo, por óleo de coco no cozimento dos alimentos pode trazer discretos benefícios em relação ao nível de LDL (colesterol ruim) e triglicérides, com discreta redução, assim como um ligeiro aumento no HDL (colesterol bom). No entanto, no caso das cápsulas, a quantidade é tão pequena que não vai fazer nenhuma diferença”.
O especialista alerta, no entanto, para duas desvantagens na substituição do óleo para o cozimento. “Além de mais caro, deixa gosto”.
Segundo Mancini, a falta de estudos que comprovem a eficácia do produto para efeito de emagrecimento também pode ser considerado prova de que o óleo de coco não é tão milagroso quanto esperado. “Não é difícil promover trabalhos que comprovem a eficiência dos produtos. Se não há publicações confiáveis é sinal de que os resultados não foram satisfatórios”.
Para quem precisa emagrecer, Mancini recomenda as seguintes medidas. “Se a pessoa precisa perder pouco peso, a dica é reduzir gordura e açúcar. Mas caso precise perder mais de 10 kg o mais aconselhável é procurar um médico.”
Estudos inconclusivos
Pesquisadores da Universidade de Alagoas, em Maceió, publicaram, em 2009, um estudo considerado inconclusivo sobre o óleo de coco.
Os cientistas observaram 40 mulheres obesas, com idade entre 20 e 40 anos, por 12 semanas. Durante o período, além da restrição de calorias e do aumento do consumo de fibras e proteínas na dieta, 50 minutos de caminhada e a ingestão de suplementos como óleo de coco e óleo de soja foram inclusos na rotina.
Ao final do trabalho, o grupo que ingeriu óleo de coco apresentou maior nível de HDL (colesterol bom) e menor índice de LDL (colesterol ruim), enquanto o outro grupo teve os dois tipos de colesterol aumentados.
A redução do IMC (Índice de Massa Corporal) foi observado nos dois grupos, embora apenas o que consumiu óleo de coco tenha apresentado redução nas medidas abdominais.
Apesar dos primeiros resultados, os pesquisadores concluíram que seria necessário promover outros estudos para se certificar dos resultados apresentados e para avaliar as consequências do uso do suplemento em longo prazo.
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