sexta-feira, 27 de julho de 2012

Música e humor marcam festa de abertura


Música e humor marcam festa de aberturaUma nação musical e divertida. Foi assim que a Grã-Bretanha se mostrou ao mundo na cerimônia de abertura da Olimpíada, nesta sexta-feira, no Estádio Olímpico de Londres, em festa mais para os ouvidos do que para os olhos. Ainda que tenha exibido belos momentos, como o aparecimento das argolas olímpicas, além do característico bom-humor inglês, será mais pelos sons que a cerimônia desta noite será lembrada. No fim, um enorme coro para “Hey Jude”, regido por Paul McCartney, marcou o encerramento da festa.

No momento mais quente da festa, o público foi levado para uma viagem pela história da música moderna britânica. O estádio virou uma enorme festa “flashback”, enquanto atores e dançarinos faziam uma grandiosa coreografia.

Desde os clássicos dos Rolling Stones e Beatles, até os mais recentes hits da cantora Adele, passando por The Who, Kinks, Specials, The Clash, Sex Pistols, entre outros grandes nomes da música do Reino Unido, a parte da festa fez um panorama musical britânico.

Outros dois pontos altos da cerimônia foram marcados pelo humor. Primeiro, em uma encenação, a rainha Elizabeth II apareceu sendo levada de helicóptero para o Estádio Olímpico, tendo o ator Daniel Craig, na pele do agente James Bond, como segurança. A chegada foi apoteótica: um paraquedista vestido com as roupas da rainha desceu à arena no melhor estilo 007. A trilha, é claro, foi a música tema dos filmes de Bond, composta por Henry Mancini.

Em outro momento, o ator Rowan Atkinson, interpretando Mr. Bean, encenou o momento mais divertido. Ele primeiro apareceu tocando no piano os primeiros acordes do tema de “Carruagens de Fogo”. Logo começa a sonhar que está correndo na praia, exatamente como na cena clássica do filme. Ele briga com outros corredores, trapaceia e vence, até acordar no meio da cerimônia de novo, levando uma bronca do maestro.

A festa contou a história do desenvolvimento do Reino Unido, desde a fase rural, passando pela Revolução Industrial, as guerras, até os dias atuais. Com a música sempre pontuando.

A Grécia abriu o desfile dos países ao som de música eletrônica. O Brasil, que teve Rodrigo Pessoa como porta-bandeira, foi uma das mais animadas delegações. A presidente Dilma Rousseff, da tribuna, aplaudiu. Entre as musas, Maria Sharapova, à frente da Rússia, chamou atenção pela elegância. Usain Bolt, segurando a bandeira da Jamaica, foi mais contido.

A delegação britânica foi aplaudida de pé pela família real, entre eles o príncipe Willian e a princesa Kate. “Heroes”, de David Bowie, recepcionou os heróis da Grã-Bretanha. Na sequência, a banda Arctic Monkeys fez uma pequena apresentação, com direito para um cover de “Come Together”, dos Beatles.

A pira olímpica foi acesa por sete jovens que, juntos, levaram a chama para 204 pétalas de metal, que formaram uma grande tocha, simbolizando todos os países da Olimpíada. Neste momento, uma queima de fotos de artifício iluminou a noite londrina, dentro e fora do estádio. No som, “Eclipse”, do Pink Floyd, anunciava que o fim da cerimônia estava próximo.

Quando as atenções se voltaram de novo para o estádio, Sir Paul McCartney apareceu tocando os últimos acordes da música do Pink Floyd, emendando o clássico “Hey Jude”. A cerimônia ganhou ares de show, e público e atletas formaram o coro para o ‘na na na’. Pelo menos na música, os organizadores conseguiram concretizar o ideal olímpico de união dos povos.

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