quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Torcida pode ou não vestir azul para apoiar a seleção de Ipiaú?


Se a torcida em Ipiaú não pode usar a camisa azul com o número 12, porque o prefeito da cidade não deixa, a questão vira logo uma pergunta frequente em temporada política: Então qual camisa o prefeito deixa a torcida usar para torcer pelo time do povo?

Se não pode azul, então pode vermelho? Se não pode 12, então pode 15?

Em todo o mundo é comum qualificar o torcedor como o décimo segundo jogador do time de futebol. Afinal, sem a presença do torcedor não há equipe que se mantenha unida. Aliás, a desunião entre a seleção e o povo nunca houve, o que houve foi a ruptura entre o time do povo e o Poder Público municipal, já desde o ano passado, ou talvez antes.

Em dois intermunicipais não se viu cair um centavo de dinheiro público para ajudar a manutenção do time de Ipiaú no maior campeonato de futebol amador do interior da Bahia. De alguma forma a Liga Desportiva Ipiauense tinha que arrecadar o dinheiro para pagar suas despesas.

Tem conseguido isso a duras penas, através de duas empresas cidadãs que cumprem com o seu papel social e esportivo: a Schincariol/Costa Neto e a Mendonça Patrimonial.  Ainda assim, para completar o caixa quase sempre vazio pelo número de despesas que são efetuadas num campeonato com essa grandeza, a LDI se viu na necessidade de vender camisetas para a torcida.

O torcedor compra porque quer ajudar, não quer ver seu time fora da disputa. Pagou a camisa com seu dinheiro e, em qualquer democracia, usa a roupa que bem entender para ir ver o jogo. Ninguém veste por obrigação mas por amor ao time da casa. Se faltou esse carinho por parte do poder público, aí já é outra história que entra pela politicagem e passa bem longe do esporte.
Se for de entendimento da Justiça nada resta a fazer senão acatar, afinal manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Entretanto,  talvez o torcedor possa ainda se manifestar deixando de vestir azul e passando a vestir preto em sinal de luto pelo desprezo oficial ao time do povo. E, ao invés de doze, possa talvez ilustrar o zero na camisa, já que foi zero o patrocínio que a seleção recebeu até agora da Prefeitura.
Ipiaú on line

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