segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Bruno e mais 4 réus são julgados por morte e desaparecimento de Eliza


29.jul.2010 - Polícia indicia Bruno e mais sete réus por cinco crimes contra Eliza Samudio e o filho dela (Foto: Pedro Triginelli/G1 MG)Ex-goleiro Bruno e mais sete réus são indiciados por cinco crimes contra  Eliza Samudio (Foto: Pedro Triginelli/G1 MG)
Nesta segunda-feira (19), o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e outros quatro réus começam a ser julgados, por júri popular, por cárcere privado e morte de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do jogador. Bruno é acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime ocorrido em 2010. O julgamento acontece no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
(A partir de segunda, dia 19, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
A partir das 9h desta segunda-feira, sete jurados decidirão o destino dos réus, em júri presidido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A previsão é que o julgamento dure pelo menos duas semanas.
Ao todo, 30 testemunhas serão ouvidas, – cinco de acusação, que são ouvidas primeiro, e 25 da defesa- cinco de cada réu. Não há limite de tempo para cada testemunha. Depois, acusação e defesa apresentam seus argumentos. Por último, o júri se reúne em uma sala secreta para responder a quesitos formulados pelo juiz com "sim" e "não". De posse da decisão do júri, caberá à juíza decretar a soltura ou dosar pena dos réus. (Entenda como funciona o júri)
Apenas pessoas credenciadas poderão entrar no fórum, que terá reforço policial e detector de metais. Segundo o comando da Polícia Militar, de 40 a 50 policiais serão empregados na segurança todos os dias durante as duas semanas previstas de julgamento.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (TransCon), apenas uma pequena rua, que dá acesso ao Fórum e à Escola Municipal Dona Babita Camargos, será interditada durante todo o julgamento. As pessoas que precisarem entrar no fórum terão que usar a portaria lateral. Aqueles que precisarem chegar à escola deverão contornar o fórum pela parte de trás, seguindo as sinalizações da Transcon.
De acordo com o Ministério Público, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e um primo de Bruno sequestram Eliza e o filho no Rio de Janeiro e os levaram até o sítio do goleiro, em Esmeraldas, Minas Gerais. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher de Bruno, e Fernanda Castro, ex-namorada, também teriam participado do sequestro. O Ministério Público alega que Bruno arquitetou o crime por não querer assumir o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.
Eliza e o filho, segundo a Promotoria, teriam sido mantidos em cárcere privado durante sete dias. Depois foram levados por Macarrão e pelo primo do goleiro à casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na cidade de Vespasiano, no dia 10 de junho de 2010. Bola a teria estrangulado e sumido com o corpo, que ainda não foi encontrado.
Bruno e os demais acusados negam a versão.Mesmo sem o cadáver da vítima, o júri popular, que julga crimes contra a vida, pode acontecer graças a indícios e testemunhas.
O bebê Bruninho, filho de Eliza com Bruno, foi achado 15 dias depois, em Ribeirão das Neves, MG, na casa de conhecidos da ex-mulher do goleiro. Um exame de DNA comprovou a paternidade de Bruno, e a criança, hoje com dois anos e nove meses, vive com a avó materna em Campo Grande (MS). Sônia de Fátima Moura, que viajará até Minas Gerais para acompanhar o julgamento, disse ao G1 que espera que os oito réus sejam condenados e que falem onde está o corpo da filha.
Dos nove acusados, cinco serão julgados pelo júri-popular que começa nesta segunda. Dois serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza.Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. O outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido. 
GLOBO.COM

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