terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tricolor sofre com problemas no extra-campo


Estreia do Baianão e o Esquadrão aplicou 5 a 1 no Colo-Colo. Tudo perfeito? Até o próprio treinador Renato Gaúcho sabe que não funciona assim. “Não vamos nos iludir”, afirmou, em coletiva após a partida.


De fato, o Bahia ainda tem muitos detalhes a acertar no seu time e, principalmente, fora de campo. A administração do presidente Marcelo Guimarães Filho tem graves pendências, como a demora para convocar a assembleia para aprovação do novo Estatuto – que não vai modernizar o clube tanto quanto deveria – e a não-divulgação por completo das contas do clube.

Porém, o maior problema do tricolor, atualmente, é com a burocracia. Na primeira partida do Estadual, quatro jogadores não puderam atuar por não estarem regularizados. Tratadas publicamente, as situações do meia Rogerinho, do lateral Daniel e do atacante Rodrigo Gral são compreensíveis, pois a janela de transferências internacionais só abriu na última sexta e o Bahia fez o que pôde para deixar os atletas à disposição.

Já o caso do zagueiro Nen foi, no mínimo, estranho. No treino da sexta, ele teria sentido dores no tendão de aquiles, incômodo que já o acompanha há tempos. Mesmo assim, segundo os médicos, a possibilidade de o capitão atuar era boa. No dia seguinte, o DM vetou o atleta.

Acontece que a história ganhou ramificação. O nome de Nen (Francisco de Assis dos Santos) só foi aparecer no BID nesta segunda-feira, 18, ou seja, ele não poderia entrar em campo diante do Colo-Colo mesmo que estivesse com o tendão perfeito. Teatro ou coincidência? Provavelmente, nunca se saberá ao certo.

O supervisor Roberto Passos tentou explicar. “Quando ele teve a contusão, já sabíamos que ele ficaria de fora, mas não divulgamos para tapear o Colo-Colo. Acredito que o nome dele só entrou hoje (segunda-feira) porque o fluxo do mercado está muito grande e o sistema da CBF pode ter travado”, deduziu.

Questionado se o Bahia poderia sofrer punição com a entrada do atleta em campo, o dirigente garantiu que isso não tinha chance de acontecer. “Se fôssemos utilizar o jogador, eu teria feito uma pesquisa mais detalhada para saber se a documentação dele estava regular”.

A TARDE.

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