Maradona quebra o silêncio: 'Daria a minha vida para ser técnico da seleção'

Ex-técnico da seleção argentina e maior ídolo esportivo da história do país, Diego Armando Maradona falou nesta sexta-feira pela primeira vez desde que atacou publicamente o ex-treinador Carlos Billardo, supervisor técnico da Argentina durante a Copa do Mundo, e o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona.


Na entrevista à Fox Sports levada ao ar nesta sexta, o tom foi praticamente o mesmo das declarações anteriores: “El Pibe” voltou novamente sua artilharia contra Billardo e Grondona e defendeu o grupo de jogadores que levou a Argentina às quartas de final do Mundial, fase na qual foram eliminados pela Alemanha.

“Eu daria a minha vida para ser técnico da seleção. Mas aqui não existe um comitê, mas um patrão que se chama Julio Humberto Grondona”, disparou Maradona, que até citou uma conversa que teve com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido, o ex-presidente Nestór Kirchner, na qual teria recebido solidariedade após sua saída do cargo.  

“Tive uma conversa normal com (Nestór) Kirchner, que me felicitou pelo Mundial. E me disse que estava enojado com a decisão (da AFA) de não renovar o meu contrato”, afirmou. "De minha parte, espero um chamado. Tenho muita vontade de voltar a fazer parte da seleção. Estou desesperado, daria um braço."

Diego Armando Maradona também voltou a criticar Carlos Billardo, a quem chamou de “traidor” em sua última entrevista. Desta vez, o ex-técnico da Argentina rebateu as declarações do supervisor, que chegou a dizer que tinha “medo” de Maradona. “Sou Freddy Krugger ou o quê”, brincou Diego. “Ele me conhece há 30 anos e tem medo de mim?”

Maradona não poupou o novo técnico da Argentina, Sérgio Batista, e ironizou o fato de seu sucessor no cargo não ser tão conhecido quanto ele no mundo do futebol. "Não tenho culpa se me conhecem em todo o mundo, enquanto ele não é conhecido quando cruza o Uruguai", alfinetou o ex-técnico da seleção.

ESPN