A brincadeira é uma prova da ligação que ambos têm e o jogador faz questão de manter. O relacionamento começou em 2006, quando Lira se animou ao ver o atacante, então com 20 anos, no Central de Caruaru, de Pernambuco. Resolveu apostar em Fernandinho. Bancou sua viagem para o Ceará, pagando também sua hospedagem e as refeições diárias.
“Ele acreditava muito em mim, achava que eu tinha potencial. Quando saiu do Central, queria me levar para algum time do Ceará, que era para onde ele ia. Ia acertar com um dos três times do Ceará, Ceará, Fortaleza ou Ferroviário. Acertou com o Ferroviário e me colocou lá”, lembrou o jogador, que se destacou na campanha que quase terminou com o acesso à Série B do Brasileiro em 2006.
Bebedeira impossível – Em meio à fama de ajudar jogadores surgidos em times do Nordeste, Arnaldo Lira teve que encarar uma má passagem no ano passado. O técnico foi ‘emprestado’ pelo Bahia de Feira de Santana, que já não tinha mais compromissos, para ajudar o Icasa a escapar do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Mas acabou demitido às vésperas da última rodada acusado pela diretoria de viajar alcoolizado com o time cearense.
“Não houve nada disso. Trabalhei sete jogos, consegui três vitórias, dois empates e duas derrotas. Cheguei à última rodada precisando vencer para evitar o rebaixamento, mas o presidente, com interesse financeiro, queria escalar o Junior Xuxa, um jogador irresponsável e vagabundo que eu tinha afastado e, depois, falou que viajei bêbado”, lembrou Lira, hoje indiferente ao caso. “Não dá para se preocupar com o Junior Xuxa.”
Ao saber da história, Fernandinho logo apoiou seu padrinho. “Sacanagem! Ele trabalha correto, é bem rigoroso. Trabalhei com ele no Central, no Ferroviário, o conheço há muito tempo e tenho certeza que não fez isso.
GAZETA ESPORTIVA
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