sábado, 23 de junho de 2012

Boca ameaça barrar fiel, mas Timão pede 'paz'


Daniel Angeluci, presidente do Boca, ameaça não receber corintianos na Bombonera, caso Corinthians não ceda 4.500 lugares no Pacaembu
Roberto de Andrade comentou que não é possível dar 4500 entradas aos argentinos / Roberto Vazquez/FuturaPressRoberto de Andrade comentou que não é possível dar 4500 entradas aos argentinosRoberto Vazquez/FuturaPress
 “Esperamos que nos deem 4.500 entradas no Brasil. Se nos derem menos, avaliaremos se jogamos sem visitantes. Estamos dispostos a dar 4.500 entradas ao Corinthians e pedimos o mesmo para o segundo jogo”, disse a uma emissora de rádio da Argentina.

Já o clube paulista alega que não é possível ceder essa quantidade. O espaço reservado para a torcida visitante no Pacaembu tem 2.400 lugares. O diretor de futebol, Roberto Andrade, explica a situação e revela que a única maneira de atender o pedido dos argentinos é cedendo os lugares do tobogã - muito maior que os 4.500 da Bombonera. Por isso a cizânia foi criada. 

“Passamos o mapa do estádio (Pacaembu) e mostramos que não tem como (dar 4.500 ingressos). Ou damos o tobogã inteiro, com cerca de 10 mil lugares, ou o espaço dos visitantes, que é de 2.400. Não tem outra forma. Esse é o problema, não é a gente que não quer dar. Eu até entendo o raciocínio dele, mas acho que a contrapartida deve ser igual. Se ele não quiser dar 4.500, tudo bem, mas o que eu vou dar, ele também poderia dar para nós", falou à Rádio Bandeirantes. 

Andrade, no entanto, espera convencer a diretoria xeneize a vender a diferença de 2100 ingressos, para ocupar todo o espaço de visitante da Bombonera. Mas pelas palavras de Angeluci, não será fácil.

Por enquanto, o impasse deve seguir até pelo menos este sábado. O clube precisa definir tão logo a situação, para vender os pacotes de viagem para a final.

O dirigente, porém, não quer que essa disputa por ingressos se transforme em guerra dentro campo. O dirigente sabe da rivalidade entre brasileiros e argentinos, mas pede paz.

"Eles querem o mínimo de corintianos possível. A gente entende. Eu só peço para não fazermos disso uma guerra. É simplesmente um jogo de futebol, bacana, legal. Mas não vamos fazer uma guerra, que já é imposta entre brasileiros e argentinos. Isso não vai levar a nada. O Boca é um time tão grande quanto o Corinthians. Espero que tudo corra na absoluta paz. E peço para que os torcedores que vão a Buenos Aires viajem sossegados, sem raiva de argentinos", concluiu.
Erick Faria, com Rádio Bandeirantesesportes@band.com.br

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