Daniel Angeluci, presidente do Boca, ameaça não receber corintianos na Bombonera, caso Corinthians não ceda 4.500 lugares no Pacaembu
Roberto de Andrade comentou que não é possível dar 4500 entradas aos argentinosRoberto Vazquez/FuturaPress
O impasse sobre a quantidade de ingressos que será destinada ao Corinthians na Bombonera está instalado. Nesta sexta-feira, o presidente do Boca Juniors, Daniel Angeluci, revelou que pensa em jogar sem visitantes na Argentina, caso o Corinthians não permita a entrada de 4.500 torcedores argentinos no Pacaembu.
“Esperamos que nos deem 4.500 entradas no Brasil. Se nos derem menos, avaliaremos se jogamos sem visitantes. Estamos dispostos a dar 4.500 entradas ao Corinthians e pedimos o mesmo para o segundo jogo”, disse a uma emissora de rádio da Argentina.
Já o clube paulista alega que não é possível ceder essa quantidade. O espaço reservado para a torcida visitante no Pacaembu tem 2.400 lugares. O diretor de futebol, Roberto Andrade, explica a situação e revela que a única maneira de atender o pedido dos argentinos é cedendo os lugares do tobogã - muito maior que os 4.500 da Bombonera. Por isso a cizânia foi criada.
“Passamos o mapa do estádio (Pacaembu) e mostramos que não tem como (dar 4.500 ingressos). Ou damos o tobogã inteiro, com cerca de 10 mil lugares, ou o espaço dos visitantes, que é de 2.400. Não tem outra forma. Esse é o problema, não é a gente que não quer dar. Eu até entendo o raciocínio dele, mas acho que a contrapartida deve ser igual. Se ele não quiser dar 4.500, tudo bem, mas o que eu vou dar, ele também poderia dar para nós", falou à Rádio Bandeirantes.
Andrade, no entanto, espera convencer a diretoria xeneize a vender a diferença de 2100 ingressos, para ocupar todo o espaço de visitante da Bombonera. Mas pelas palavras de Angeluci, não será fácil.
Por enquanto, o impasse deve seguir até pelo menos este sábado. O clube precisa definir tão logo a situação, para vender os pacotes de viagem para a final.
O dirigente, porém, não quer que essa disputa por ingressos se transforme em guerra dentro campo. O dirigente sabe da rivalidade entre brasileiros e argentinos, mas pede paz.
"Eles querem o mínimo de corintianos possível. A gente entende. Eu só peço para não fazermos disso uma guerra. É simplesmente um jogo de futebol, bacana, legal. Mas não vamos fazer uma guerra, que já é imposta entre brasileiros e argentinos. Isso não vai levar a nada. O Boca é um time tão grande quanto o Corinthians. Espero que tudo corra na absoluta paz. E peço para que os torcedores que vão a Buenos Aires viajem sossegados, sem raiva de argentinos", concluiu.
Erick Faria, com Rádio Bandeirantesesportes@band.com.br
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