sexta-feira, 13 de julho de 2012

Bruno perde benefício de trabalhar na penitenciária


Goleiro Bruno chora durante depoimento na Assembleia de Minas Gerais. (Foto: Alex de Jesus/O Tempo)Goleiro Bruno chora durante depoimento na
Assembleia de Minas Gerais.
(Foto: Alex de Jesus/O Tempo)
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou, nesta sexta-feira (13), que o goleiro Bruno Fernandes não poderá  trabalhar na faxina na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está preso há dois anos. De acordo com o órgão, o atleta, réu no processo sobre morte e desaparecimento de Eliza Samudio, cometeu um “erro disciplinar” ao enviar uma carta, por meio de seu advogado, a um programa de televisão local. Ao G1, o defensor Rui Pimenta confirmou que recebeu a mensagem de seu cliente e a entregou ao apresentador do programa nesta quinta-feira (12).

A Seds também informou que a punição é temporária e que Bruno está recolhido em sua cela, com direito a apenas duas horas de banho de sol. Nesta segunda-feira (16), o goleiro será ouvido, para encaminhamento de sua defesa à Comissão Disciplinar do Complexo Prisional, que determinará o fim do recolhimento em cela ou o prazo de extensão da medida.

Segundo a secretaria, as correspondências precisam passar por um departamento específico, para registro e conferência do conteúdo da mensagem. A direção da unidade também notificará a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o caso.

Carta para Macarrão
A última edição da revista “Veja” publicou outra carta de autoria do goleiro, segundo a defesa de Bruno. O texto, que era endereçado a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, citava um 'plano B'. Os advogados Rui Pimenta e Francisco Simim visitaram o jogador nesta segund-feira (9) na Penitenciária Nelson Hungria, quando o jogador confirmou a autoria e explicou o teor da mensagem.
"O que o Bruno quis ressaltar é que assumir o 'plano B' era uma obrigação do Macarrão, porque o Macarrão havia traído Bruno quando sumiu com a Eliza", justificou Pimenta. Segundo o advogado, Eliza foi morta sem o consentimento do jogador. Pimenta alega que a carta foi redigida em novembro do ano passado e veio a público com o final apagado, dando margem a distorções. Ele afirmou aoG1 que, no trecho final Bruno disse ter escrito: "Macarrão, você tem realmente que assumir este crime porque eu não posso pagar por sua traição. Eu não mandei você sumir com a Eliza", relatou.
G1 MG

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