CASOS MITOLOGICOS DO FUTEBOL BAIANO.

Olá amigos do Fascinação nos Esportes, existe uma cultura de nós Nordestinos de sempre torcer por equipes do sul do Brasil, em especial as do Rio e de São Paulo. Isso, devido a mídia esportiva das maiores redes, seja de Tv ou Rádio, estarem no eixo Rio-São Paulo. Porém, faz parte de nossa história o pobre futebol Baiano,  vamos contar algumas curiosidades. Esperamos que gostem, eu gostei muito. Boa leitura!

Corria o final década de 40 e Bahia e Vitória se enfrentavam no Campo da Graça, o jogo era apitado por Mario Vianna e estava empatado em 1 a 1, quando Camerino do Bahia invade a área driblando a zaga do Vitória e sofre pênalti, muita reclamação por parte do time do Vitória já que o jogo estava no seu final, de repente o zagueiro Bacamarte do Bahia exclama; não tem nada de reclamarem este é o terceiro pênalti que vocês cometem e o primeiro que o Careca tem coragem de marcar, ao ouvir isto Mario Vianna repreende o zagueiro tricolor com a sua expulsão, desmarca o pênalti e dá tiro livre para o Vitória e o jogo terminou empatado.


Em 1957 o Vitória armou um time bem forte para voltar a conquistar o titulo baiano, após boa campanha no certame seus dirigentes vinham desconfiando que nos jogos contra o Bahia o time não rendia o que se podia e todos temiam uma tremedeira na final no dia 16 de março de 1958, com dois gols de Teutônio o Vitória vencera e conquistará o título, no vestiário na festa da vitória os jogadores exaltavam a raça e a gana de homens pois na véspera da partida havia aparecido na concentração do clube uma foto com os jogadores pintados de mulher. O fato é que tudo fora obra do Luiz Catharino presidente do Vitória que mandará fazer o tal quadro para todos pensarem que fosse obra de Osório Vilas Boas presidente do Bahia e famoso por saber tirar proveito a favor de seu clube o Bahia em finais.

Na década de 40 na cidade de Jequié, era día de festa pela emancipação política da cidade e a prefeitura e o Coronel Borges famoso líder político local, trouxeram o Galicia tricampeão baiano para um amistoso, o jogo esta perto do final e a seleção local batia o temível Galicia por 1 a 0, quando o atacante Birosca sofre pênalti, festa geral no, Antenor craque da cidade se prepara para a cobrança quando de repente o Coronel Borges invade o campo cercado de seus capangas e diz deixa que este quem bate sou eu, o juiz e os jogadores de ambas equipes tentam remover o cidadão da idéia mais ele esta irredutível e com seus dois 38 cano largo na cintura e ameaça a não pagar o bicho e as cotas ao time da capital, serenados os ânimos ele ajeita a pelota e sem a menor intimidade com o balão chuta a bola nas alturas.

Em 1961 as vésperas de um Ba x VI decisivo o jogador Alencar artilheiro do Bahia e grande nome na conquista da Taça Brasil foge da concentração e entra na justiça do trabalho querendo o pagamento de três meses de salários atrasados, alem de rescisão contratual, o advogado de Alencar era o mesmo que defendia o Vitória o que fez os dirigentes do Bahia a fazerem um acordo com o jogador e demove-lo da idéia de abandonar e trocar de clube, com os pagamentos em dia no dia 04 de maio de 1961 os dirigentes do Vitória amargam o preço da fracassada tentativa de ter Alencar em seu quadro, perde o jogo por 1 a 0 gol dele mesmo.

No inicio dos anos 70 o Atlético de Alagoinhas chegou as finais do campeonato de 1973 e em seu elenco tinha um jogador forte, alto, viril e de pouca técnica mais raçudo que atendia pelo nome de Caroço em um jogo contra o Bahia e debaixo de um sol escaldante das três e meia da tarde, Caroço disputa uma bola com Altivo do Bahia e cai no chão vomitando muito, preocupados os jogadores chamam o medico só que o Atlético estava sem medico no banco havia somente o massagista, o médico do Bahia resolve entrar no campo para atender Caroço ao ver os vestígios do vomito o doutor pergunta Caroço o que você comeu antes do jogo? Ele responde doutor quando o jogo é cedo eu não costumo comer faço apenas um lanche! Sim mais que lanche você ingeriu? Caroço disse doutor eu comi apenas um kilo de carne de ensopado com verduras, um cuzcuz e bebi uma moringa de água.

O clássico acontecia como parte das comemorações do 2 de julho, data da independência da Bahia, no campo da Graça, em 1934. Mas o que seria apenas um jogo comemorativo se transformou na maior tragédia da história dos Ba-Vis.

O Bahia vencia por 2 a 1, quando Almiro, do Vitória, sofreu pênalti cometido pelo zagueiro Bastos. Barbosa partiu para a cobrança, o goleiro tricolor, Nova, se antecipou, dando um salto para frente, antes do rubro-negro chutar, e defendeu. Para revolta de jogadores e torcedores do Bahia, o árbitro Vivaldo Tavares mandou repetir a cobrança, o que causou uma briga generalizada entre os atletas.

Depois de muita confusão, finalmente, o pênalti foi cobrado e o rubro-negro chegou ao empate. No intervalo, Bitonho, do Bahia, agrediu o árbitro, que, machucado, não teve condições de continuar na partida. O Vitória acabou vencendo por 4 a 3. Bitonho foi preso e depois liberado. No dia seguinte, ao ver a repercussão do caso nos jornais, o atleta acabou se suicidando, ingerindo cianureto de potássio.

No inicio dos anos 40 corriam os boatos que no baixo sul da Bahia na cidade de Ilhéus, havia um jogador que tinha um chute poderoso e era temido por todos da região, seu nome Zé Hugo ao saber que o Vitória bancara a passagens de navio para o jogador e que o Galicia mandaria um agente receber o jogador aqui no porto de Salvador, os dirigentes do Bahia pegaram uma lancha e interceptaram o navio e os agentes convenceram a Zé Hugo a assinar com o Bahia, deixando Vitória e Galicia a verem navios.

Existem muitas lendas sobre a conquista do tetracampeonato baiano pelo Bahia em 1976, com o titulo praticamente nas mãos do Vitória precisava apenas de um ponto para vencer a fase do turno e levar a taça de vez, só que apesar de sair na frente e o Bahia jogar com um a menos desde o final do primeiro tempo o tricolor virou para 2 a 1, mesmo ganhando a fase o Bahia ainda estava atrás depois de um empate no primeiro jogo das finais o tricolor vence por 1 a 0 na segunda e conquista o tetra. Bem aqui começam as lendas sabendo que Carcaça massagista do Vitória viriam preparando despachos para o time tricolor durante a competição o folclórico Lourinho chefe da torcida do Bahia pediu a Pai Santana do Vasco que rezasse uns bonecos com os nomes dos jogadores do Vitória e ai o feitiço virou-se, Osni perdeu um pênalti no jogo final da fase quando o Vitória vencia por 1 a 0, no dia da final as energias negativas recaíram todas sobre o rubro negro: o goleiro Andrada se machucou no jogo anterior inclusive desmaiando em campo, Uchoa também se contundiu nos treinos, Osni nem no banco ficou, Geraldão atacante com diarréia a semana toda so agüentou 35 minutos de jogo, Piau sentiu o nervo ciático e foi substituído, Deodato com câimbras não conseguiu anular o frenético ponta Jesum, por fim Ferreti deslocou a clavícula no lance com o zagueiro Zé Augusto e ai será que se macumba ganhasse jogo o campeonato terminaria empatado. Outro fato mitológico destafinal é que logo após o primeiro jogo o jogador Beijoca revoltado com aquele confinamento de mais de quinze dias, fugiu da concentração e indo segundo dizem te se refugiado na Ilha de Itaparica sendo localizado na quinta-feira ou seja apenas três dias do jogo, Paulo Maracajá diretor de futebol na época fora busca-lo na sexta-feira, com a revolta de Orlando Fantoni treinador da equipe, que só resolveu escala-lo a pedidos dos jogadores o folclórico atacante não fez feio e marcou o gol do título.

Depois de tomar 10 a 2 pelo campeonato de 1938, o Vitória não engolira bem aquele vexame e todos torcida, jogadores e dirigentes desejam vingança, no dia 08 de dezembro de 1939 seria a data perfeita para tal vingança já que a data é feriado em Salvador por ser dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, como fora fundado no dia de Nossa Senhora da Vitória logo os dirigentes aproveitando o feriado combinaram com o Bahia um amistoso afim de descontar a pancada, bem o fato é que o resultado não fora o esperado por nenhum rubro negro não houve vingança e sim uma nova goleada e maior desta vez Bahia 10 a 1 e esse é a maior goleada ate hoje do clássico.

Em 1981 a então promovida a serie A do campeonato baiano a Catuense, clube que levava o nome da empresa de ônibus de seu patrono fundador e presidente Antonio Pena buscava se reforçar para a sua primeira temporada na elite do futebol da Bahia, depois de contratar Altivo, Beijoca e Dendê o time buscava um volante e ai se deu o interesse no jogador Roberto Nascimento do Botafogo de Salvador que estava carente de um ônibus para as viagens para o interior tendo de pagar aluguel, com faro de empresário e dirigente de futebol Pena não vacilou e ofereceu um ônibus seminovo pelo jogador e assim se deu umas das trocas mais inusitada do futebol do brasileiro.

Quando conquistou a Taça Brasil de 1959, o Bahia depois de passar pelo Ceará enfrentou o Sport de Recife, na Fonte Nova vitória dos baianos por 3 a 2, na Ilha do Retiro os pernambucanos massacraram por 6 a 0 e como naquele tempo o saldo de gols não era critério desempate, houve uma terceira partida dois dias depois no mesmo local e com o Sport jogando pelo empate, logo após o vexame dizem que o então presidente Osório Vilas Boas tratou de agir, primeiro levantou a moral de seus atletas e depois foi procurar os jogadores do Sport no hotel aonde estavam concentrados e comemorando a goleada, lá distribuiu parabéns e pagou varias rodadas de gasosa de limão, cervejas e iguarias, bem no outro dia os jogadores não tiveram com treinar já que a noitada foi boa, Osório ainda pagou para o pessoal do Sport deixar o placar manual como terminara o jogo e mexeu com o brio de seus jogadores até a hora do jogo o placar ainda apontava os 6 a 0, não deu outra a estratégia deu certo e o Bahia venceu por 2 a 0 e partiu rumo ao título.

Texto: Galdino Silva

Fonte Pesquisa: Futebol Paixão e Catimba de Osório Vilas Boas

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