Bielsa é um homem de palavra: realmente, mandou seu time para cima do Brasil. E assim ele cavou a própria sepultura: depois de alguns contra-ataques, o Brasil começou a dominar o jogo, impondo seu ritmo cadenciado. Vendo a partida dentro do estádio, de uma das fileiras mais altas no Ellis Park, com o campo inteiro diante dos olhos, era possível perceber como o domínio do Brasil era amplo, geral e irrestrito.
Depois do primeiro gol brasileiro, ficou ainda mais clara a fragilidade da equipe chilena. O time de Bielsa teve de partir para o ataque, e aí as coisas ficaram mais fáceis para o Brasil. Os chilenos começaram a errar passes e a ter muitas bolas roubadas pelos pentacampeões mundiais. O Brasil fez três, mas poderia tranquilamente ter feito seis.
Mas esse, definitivamente, não é o estilo dos comandados por Dunga. Dar espetáculo para quê? Esse não é um futebol de artistas, mas sim de contadores. Para eles, o que interessa é o resultado. O diabo é que, assim, podem mesmo ganhar essa Copa...
No final das contas, ficou claro que o desnível entre os dois times é abissal. Opiniões como a de Johan Cruyff, para quem o Chile é a seleção que ele mais gostou de ver na Copa até agora, chegam a soar ridículas depois dessa partida. Que venha a Holanda. Para vermos, afinal, do que o Brasil é capaz.
EBAND
Nenhum comentário:
Postar um comentário