A Fifa tentou censurar perguntas sobre política, mas o técnico da Coreia do Norte, Kim Jong Hun, acabou se entregando. Questionado pelo iG sobre o motivo de alguns jogadores mostrarem extrema confiança para o jogo contra o Brasil, número 1 do ranking da Fifa - os coreanos são o 105° colocado, pior entre as 32 participantes da Copa – Kim admitiu que qualquer resultado positivo de sua equipe no Mundial será utilizado politicamente pelo governo do país.
“Nossos jogadores são muito qualificados, muito talentosos, não ficam atrás de jogadores de nenhum lugar do mundo. Esse talento vai ser demonstrado se vencermos amanhã (terça-feira) e a vitória vai alegrar muito ao nosso líder Kim Jong-il”, afirmou o treinador, ignorando o veto ao tema política.
Antes do início da entrevista, o representante da Fifa sentado ao lado do treinador deu aos jornalistas as “instruções”: todos que fizessem uma pergunta deveriam se identificar, dizer o país e a empresa de mídia na qual trabalham e não fazer qualquer pergunta que não estivesse relacionada a futebol. Essas diretrizes não foram exigidas em nenhuma outra entrevista coletiva coordenada pela Fifa.
Na quarta pergunta, um jornalista questiona se é verdade que a convocação dos jogadores para a seleção é discutida pelo treinador com o ditador Kim Jong-il, líder supremo da Coréia do Norte. Mas o representante da Fifa veta a pergunta, e Kim Jong Hun sequer ouve a tradução da mesma.
IG.
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