sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Neto e a sua "gente humilde" celebram 20 anos da nacionalização corintiana

Fez 20 anos nesta quinta-feira. Quando o ônibus do Corinthians deixou o Hotel Samoa, na Rua Rocha, e contornou a Praça 14 Bis, o então meia Neto entrou na cabine do motorista Ivo para entregar uma fita cassete com uma de suas canções prediletas na época. A música "Gente Humilde", na voz de Chitãozinho e Xororó, simbolizava a trajetória daquela modesta equipe de 1990. Contestados, todos os jogadores cantaram juntos no trajeto até o Morumbi, para disputar a final contra o São Paulo, naquele domingo de 16 de dezembro. Saíram do estádio do rival com o primeiro título brasileiro da história de um futuro Timão - a obsessão pela conquista nacional já se assemelhava à atual, pela Copa Libertadores da América.
Os próprios jogadores do Corinthians contribuem com o rótulo de "gente humilde". Para celebrar o 20º aniversário da nacionalização corintiana, aGazeta Esportiva.Net preparou longas entrevistas com três destaques daquela conquista de 1990: Neto, Ronaldo e Tupãzinho. 
Todos reconheceram que o time montado pelo presidente Vicente Matheus tinha como meta principal não ser rebaixado para a Segunda Divisão. Ninguém pensava em título.
No ônibus, a música puxada pelo camisa 10 no retorno para a concentração já não era mais de Chitãozinho e Xororó. Os jogadores preferiram cantar o hino do clube e um verso em homenagem a alguém que antes fora tão criticado quanto eles: "Fica, Matheus! O Corinthians é teu!". Alguns também estavam preocupados com o excesso de força de policiais militares contra os fãs que se aglomeravam na lataria do veículo conduzido por Ivo. Afinal, lá fora também havia muita "gente humilde".

Nenhum comentário:

Postar um comentário