sábado, 7 de abril de 2012

Vasco x Flamengo: dois rivais, duas realidades diferentes

Clássicos costumam ter poder de nivelar forças, apagar retrospectos recentes e ignorar momentos bons e ruins. Sendo assim, Vasco e Flamengo, em tese, entram em condições iguais no clássico deste sábado, às 18h30m, no Engenhão, pela Taça Rio. Levando-se em conta os fatos recentes, os rivais vivem realidades opostas. Verdade que nem tudo foram flores na atual temporada do Vasco. Mas o time, após vencer o Alianza, no Peru, antecipou sua classificação às oitavas de final da Libertadores graças à vitória do Libertad sobre o Nacional. Já o Flamengo, que agoniza na competição sul-americana, vem de uma derrota para o Emelec, no Equador, que fez o clube mergulhar na crise.



Nariz de palhaço e ovos: foi assim que torcedores do Fla receberam o time no Ninho do Urubu
O ambiente de tensão domina o clube. Conforme informou o colunista do GLOBO Renato Maurício Prado, o clima para Ronaldinho Gaúcho é pesado. Clube e jogador estariam negociando a saída do camisa 10. Na tarde de sexta, a presidente Patrícia Amorim foi à concentração e, numa reunião, cobrou empenho dos jogadores. A dimensão do que representa o clássico foi dada pelo goleiro Felipe. Se vencer, o Flamengo estará praticamente na semifinal.

— A situação, que já está ruim, vai ficar feia se perdermos. Já estamos com um pé no inferno. Imagine se não vencermos. A gente está deixando a desejar, deixando de honrar a camisa do Flamengo — disse Felipe, que defendeu Ronaldinho. — Ele sabe que o foco é sempre nele. É o camisa 10. Não é justo colocar a culpa toda nele.

Protesto no Ninho do Urubu
Também na sexta-feira, seis integrantes de uma torcida organizada foram ao Ninho do Urubu. Sem que fossem importunados, aguardaram pacientemente o ônibus do clube chegar para o treino. Aliás, esperaram na parte interna do Centro de Treinamento, cuja finalidade principal seria dar privacidade aos profissionais. Quando o veículo chegou, ovos e pipocas foram jogados (leia mais aqui). Os seis torcedores usavam nariz de palhaço. Num clube politizado como o Flamengo, nem manifestações de torcedores escapam de interrogações.

— É complicado, você chega ao seu local de trabalho e leva ovo. O melhor lugar de torcedor protestar é no estádio. É difícil, muitas coisas são mandadas. Três ou quatro não representam 40 milhões — disse o goleiro Felipe.

O protesto atingiu poucos jogadores. Horas antes do treino, a programação fora alterada e os titulares ficaram no hotel, fazendo musculação e exercícios na piscina. Estavam no ônibus o goleiro Felipe, o reserva Paulo Vítor, membros da comissão técnica e alguns jogadores, como David Braz e Renato Abreu.

Vasco: Fernando Prass, Fágner, Fabrício (Douglas), Renato Silva e Allan; Nílton, Rômulo, Fellipe Bastos e Diego Souza; Éder Luís e Alecsandro.

Flamengo: Felipe, Leonardo Moura, González, Wellinton e Júnior César; Willians, Muralha, Bottinelli e Ronaldinho Gaúcho; Deivid (Luiz Antônio) e Vágner Love. Juiz: Wagner dos Santos Rosa.


Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/vasco-flamengo-dois-rivais-duas-realidades-diferentes-4515627.html#ixzz1rL0BoqV6

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