segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Poucas finais e decepção em modalidades nobres preocupam COB para 2016


O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) realizou neste domingo cedo (horário de Londres) o balanço da participação brasileira nos Jogos de Londres 2012 . E embora tenha assegurado uma medalha a mais do que a meta que tenha divulgado antes da competição (17, contra 15 previstas anteriormente), a entidade admitiu ter detectado problemas na campanha olímpica britânica, especialmente em duas modalidades consideradas nobres: atletismo, que terminou sem nenhuma medalha, e a natação, com apenas duas conquistadas.
“Nosso foco para 2016 será saltar para o top 10 do quadro geral de medalhas, mas para isso precisaremos acertar algumas coisas que aqui não saíram conforme planejávamos, como foi o caso do atletismo e da natação. Saímos com sensação de dever cumprido, mas no esporte, o detalhe em uma determinada modalidade faz muita diferença”, explicou o superintendente do COB, Marcos Vinícius Freire.
A questão do fiasco do atletismo, que deixou os Jogos Olímpicos sem nenhuma medalha pela primeira vez desde 1992, e da natação, que chegou a Londres cercada de muita expectativa, mas que voltou para casa com uma medalha de prata de Thiago Pereira, nos 400 m medley, e uma de bronze de Cesar Cielo, nos 50 m livre, será tratada com carinho pelo COB nos próximos dias.
“O atletismo, por exemplo, está passando por um processo de troca de comando [Roberto Gesta de Mello sairá e em seu lugar assumirá José Antonio Fernandes, o Toninho, presidente da Federação Paulista], e já começamos a conversar com ele para traçar metas visando 2016. A mesma coisa com a natação. Estas são duas modalidades que mais dão medalhas em Olimpíadas, por isso temos que ter sempre atenção com elas. Com certeza a meta para 2016 será bem mais ousada e não somente estas duas medalhas de 2012”, afirmou o dirigente.
Outras modalidades que também estão na mira do COB são hipismo e taekwondo, que também não conquistaram medalhas; o basquete feminino e o futebol feminino, que não alcançaram a semifinal; o handebol masculino, que nem se classificou para as Olimpíadas; a vela, que teve somente uma medalha e três participações na medal race (regata final que decide as medalhas de cada classe); e a ginástica feminina, que não chegou a nenhuma final.
Sobre a participação da ginástica, sobrou até uma bronca pública do presidente do COB, Carlos Nuzman. “Este desempenho da ginástica tem muito a ver com uma briga política dentro da própria entidade, que acabou prejudicando os próprios atletas. Este talvez seja o maior problema que temos pela frente. Vamos ver no que podemos ajudar”, afirmou.
O número de finais com a participação de atletas brasileiros também causou preocupação no COB. Em Pequim, há quatro anos, foram 41, contra 35 em Londres. Para conseguir a ousada meta de ficar entre os dez primeiros do quadro geral de medalhas, é preciso bem mais do que isso, segundo a entidade. “Os países do top 10 costumam medalhar em ao menos 14 modalidades. Agora, chegando ao Brasil, vamos analisar esporte por esporte, ver onde fomos bem e onde precisamos melhorar para 2016”, avaliou.
IG

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