O São Paulo demitiu o técnico Emerson Leão no dia 4 de julho, dias após a eliminação da equipe na semifinal da Copa do Brasil. Três meses depois, o treinador resolveu acionar o clube do Morumbi na Justiça. No programa “Arena Sportv”desta quarta-feira, o atual técnico do São Caetano disse que o Tricolor está em débito e que uma audiência para discutir o assunto está marcada para o dia 15 de outubro.
- Eu sou a favor da lei. Por isso, o São Paulo vai se encontrar comigo, já que não cumpriu a lei - afirmou.
O treinador tinha vínculo com o Tricolor Paulista até o dia 31 de dezembro. Não havia multa rescisória no seu contrato, mas o treinador afirma que, pela lei, teria direito a receber metade do valor que seria pago até o final do ano, o que não aconteceu.
Em contato com o GLOBOESPORTE.COM, Carlos Ambiel, um dos advogados do São Paulo, negou a versão do treinador. Segundo ele, o clube sempre usa nos contratos com seus técnicos uma referência ao artigo 481 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que permite aos dois lados romperem o vínculo apenas com o pagamento do aviso prévio e da multa do fundo de garantia. Ambiel garante que ambos os aspectos foram quitados com Leão, e usa o próprio técnico para explicar a lei.
- Em 2005, por exemplo, ele se valeu deste artigo para deixar o time campeão paulista, no meio da Libertadores, para ajudar o amigo no Japão. Se ele diz que não há multa no contrato, é justamente por causa desse artigo 481. Usamos isso com todos os últimos técnicos: Muricy, Carpegiani, até com o Baresi. Pagamos o aviso prévio e a multa do fundo ao Leão, não devemos mais nada - afirmou o advogado.
GLOBOESPORTE.COM,
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