O Vitória manteve a escrita em casa e venceu o Vasco por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O Cruzmaltino segue sem nunca ter derrotado a equipe baiana no Barradão e terá que vencer por três gols de diferença no jogo de volta, em São Januário.
Muita velocidade e muita vontade, de ambos os lados. Assim começou o jogo entre Vitória e Vasco: bastante corrido, com bolas intensamente disputadas entre as equipes. A prova da dedicação dos jogadores em campo ficou exposta no rosto de Carlos Alberto, que sangrou após disputa pelo alto logo aos oito minutos. Recuperado, o capitão cruzmaltino voltou para o duelo com um curativo abaixo do olho.
Apesar da disposição, a bola rolou com facilidade, com poucas faltas assinaladas pelo árbitro. Se a vontade de garantir o jogo de ida era a mesma entre Vitória e Vasco, foi a equipe baiana quem teve melhor domínio do jogo no primeiro tempo, chegando com perigo pelas jogadas aéreas e por finalizações arriscadas de fora da área.
No primeiro lance de perigo da partida, aos 14 minutos, Elkeson soltou uma bomba do meio da rua e Fernando Prass teve que voar para afastar o perigo. Passado o lance, mais um susto para a defesa do Vasco: após bola alçada na área, Uelinton subiu mais que os zagueiros e cabeceou bola venenosa que explodiu no travessão do goleiro Viafara.
Praticamente solitário na criação das jogadas do Gigante da Colina, foi Carlos Alberto quem protagonizou o primeiro lance que quase resultou em gol para o Vasco. Aos 18 minutos, o capitão cruzmaltino aproveitou cobrança de falta de Élder Granja e tentou, de cabeça, empurrar a redonda para as redes, mas viu a bola sair pela linha de fundo. Elton também assustou o goleiro do Vitória, aos 32, também com bola cabeceada que acabou morrendo em tiro de meta.
Apagado, Philippe Coutinho pouco produziu, assim como Renato, do Vitória, que foi praticamente anulado por Titi. Praticamente porque, aos 39, o meia - que já defendeu o clube de São Januário - aproveitou sobra na área, depois de uma bela defesa de Fernando Prass, e abriu o placar para os donos da casa, com um toque oportunista no cantinho do gol.
O placar aberto no Barradão parecia ter despertado o Gigante no intervalo. De volta ao gramado, o Vasco pressionou mais e soltou das mangas peças que até então estavam apáticas, como Philippe Coutinho e Élder Granja. Logo aos oito minutos da etapa final, Carlos Alberto quase empatou, novamente de cabeça.
Com os três volantes mantidos pelo técnico Gaúcho, o Vasco não conseguia, no entanto, se impor dentro de campo e seguia cedendo espaço para as investidas do Vitória. Na tentativa de reverter o resultado, o treinador da Colina sacou Robinho para o lugar de Philippe Coutinho no ataque. No outro lado, o autor do gol, Renato, foi substituído por Neto Berola.
Esperançoso, Gaúcho recorreu então ao poder de Dodô. O atacante, que entrou no lugar de Elton, também não conseguiu driblar a marcação cerrada do Rubro-Negro Baiano.
Ao contrário das substituições vascaínas, a entrada de Neto Berola surtiu efeito. Aos 39, o jogador acertou meio voleio, um tanto desajeitado, que desviou em Élder Granja e balançou a rede de Fernando Prass, confundido pelo desvio. Placar final: 2 a 0 para o Vitória, para alegria da torcida presente no Barradão.