sábado, 12 de fevereiro de 2011

Corinthians e Roberto Carlos fazem acordo que agrada a ambos


Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
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Roberto Carlos (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte)Roberto Carlos quer sorrir agora no futebol russo
(Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte)
O melancólico fim da passagem de Roberto Carlos pelo Corinthians já é encarado de uma outra forma pela cúpula alvinegra. De decepcionados pelo comportamento do jogador nas últimas semanas, Andrés Sanches e seus pares se animam com o alívio no caixa. Enquanto Roberto Carlos ficará alguns milhões mais rico, provavelmente atuando no futebol russo, o Timão economizará mais de R$ 4 milhões até o fim do ano com os salários de um jogador que não era mais unanimidade no Parque São Jorge. O que fazer com o dinheiro? Buscar reforços.
O casamento começou a ruir muito antes da eliminação na Taça Libertadores para o desconhecido Tolima. Em outubro do ano passado, durante a seca de sete partidas sem vencer no Brasileirão, torcedores do Corinthians foram ao CT Joaquim Grava cobrar os jogadores. Roberto Carlos aceitou conversar com os membros das organizadas ligadas ao clube, mas jurou que não aceitaria ameaças e prometeu ir embora se elas acontecessem.
Os protestos dos torcedores no retorno da delegação ao Brasil serviram como desculpa. Roberto Carlos sequer estava no ônibus apedrejado pelos torcedores no sábado passado, na porta do CT Joaquim Grava. Ele, Dentinho, Ronaldo e Paulo André foram a academia de um shopping de São Paulo, mas não escaparam dos protestos. Na saída, torcedores se
aglomeraram próximos aos atletas para cobrar empenho. Apesar das ameaças, ninguém foi agredido.
A perseguição de motocicletas ao carro dele e as ligações anônimas usadas pelo lateral como a “gota d’água” para ir embora também geraram dúvidas. A empresa que faz a segurança diária do pentacampeão pelas ruas da capital paulista desconhece qualquer aproximação no trânsito. Isso, aliás, alimentou a desconfiança de conselheiros e pessoas próximas a Sanches. Roberto estaria forçando a barra para sair.
As atitudes de Roberto Carlos nas últimas semanas começaram a irritar a diretoria. Primeiro, pela não atuação diante do Tolima, na Colômbia, sob a alegação de não se sentir confiante devido a uma pequena lesão na coxa direita. 
Com a rescisão, o Corinthians poderá investir o montante em outras posições carentes. O gerente de futebol William Machado já adiantou que o clube pretende buscar peças de renome para a zaga e o meio de campo, setores mais carentes detectados por Tite. Roberto deve viajar ainda nesta semana para se apresentar ao desconhecido Anzhi Makhachkala-RUS. Na conta, mais de R$ 15 milhões por um ano de contrato. Muito dinheiro para garantir uma gorda aposentadoria a partir de 2012.
GLOBO ESPORTE

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