Um dos nove ocupantes de um pequeno avião comercial que caiu na Bolívia sobreviveu mais de 60 horas na selva e foi resgatado nesta sexta-feira (9), um dia após todos os passageiros terem sido dados como mortos pelas autoridades.
Depois de ficar 15 horas preso nos destroços do avião, um Fairchild Metro III, o comerciante Minor Vidal, de 35 anos, conseguiu escapar. O homem sobreviveu bebendo urina e água de um lago na Amazônia, segundo a equipe que o encontrou na manhã desta sexta-feira.
"Estamos muito emocionados desde que tivemos a notícia do resgate. O presidente (Evo Morales) transmite também sua mais sincera alegria por este momento", afirmou a ministra da Defesa, Cecilia Chacón, no aeroporto de Trinidad, uma localidade amazônica situada cerca de 500 quilômetros a nordeste de La Paz.
Na quinta-feira à tarde, quando as equipes de resgate acharam os destroços do avião após uma intensa busca, Chacón declarou que não havia sobreviventes entre os sete passageiros, incluindo dois colombianos, e os dois tripulantes.
Horas depois, porém, as equipes de resgate encontraram apenas oito corpos e deram início ao rastreamento da área, o que permitiu localizar Vidal.
"Ele queria caminhar antes de ser colocado na maca, quer viver e, segundo os sintomas que relata, tem rompimento de costelas e uma ferida na cabeça", disse a repórteres o capitão naval David Bustos, chefe das operações de resgate.
"A vários quilômetros do local do acidente, vimos à margem do rio um homem que nos fazia sinais. Quando chegamos perto, ele se ajoelhou e agradeceu a Deus", contou o militar.
Emissoras locais de TV mostraram imagens de Vidal caminhando lentamente na selva, apoiado nos militares, até ser conduzido a uma lancha que o levaria até Trinidad, cidade próxima do local onde o avião caiu na terça-feira.
Vidal foi internado em um hospital militar de Trinidad e está fora de perigo, o que foi comemorado por seus parentes.
"Graças a Deus ele está vivo, é um verdadeiro milagre. Jesus realizou e glorificou através dele", disse, ainda surpresa, a irmã dele, Rosario Vidal.
O avião havia partido na terça-feira de Santa Cruz, também na região tropical do país, para um voo de quase uma hora em meio à densa fumaça provocada pela queima de mata e pastagens com finalidade agrícola, uma prática comum nesta época do ano nessa parte da Bolívia.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário