Redação CORREIO | Angelo Paz
angelo.paz@redebahia.com.br
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Noite longa, triste, mas de reflexão. Quem botou o Vitória no subsolo do futebol brasileiro, precisa tirá-lo de lá. Ontem cedo, a diretoria do rebaixamento pensava no ano do retorno à elite.
Já é possível adiantar uma redução de, pelo menos, 16% no orçamento para 2011. Em 2010, o clube se planejou para gastar R$ 30 milhões. Em 2011, a previsão é de R$ 25 milhões.
Previsão, já que o planejamento será concluído até 17 de dezembro, quando será apresentado ao conselho.
Na mesma data, ocorre a eleição para presidente – só os conselheiros têm direito a voto. De volta às finanças, o corte na verba para o próximo ano tem ligação direta com a cota de televisão.
Segundo a diretoria, o clube recebeu, até este ano, quase R$ 12 milhões líquidos para disputar a primeira divisão. O valor bruto era de R$ 13 milhões, mas 10 % eram descontados devido a encargos com INSS e Arena, uma taxa destinada ao Clube dos 13.
Quem desce, recebe 50% a menos de grana. Assim, apenas R$ 6 milhões da TV vão pingar na conta rubro-negra. A ideia é angariar R$ 1 milhão com receitas alternativas, como de marketing. Os patrocinadores estão mantidos.
Com redução de R$ 5 mi na cota de TV, o dia a dia no Barradão será diferente
Dessa forma, o orçamento reduziria em R$ 5 milhões. Pior que a queda, foi o rombo que a acompanhou.
“Esse ano, tivemos R$ 26 milhões de receita e R$ 30 (milhões) de despesa”, afirma o vice-presidente Carlos Falcão. Se for juntar com os R$ 4 milhões de déficit em 2009, são R$ 8 milhões no vermelho. A dívida com impostos chega a R$ 40 milhões, já divididos em 20 anos pela Timemania.
Série B
Portanto, de nada adiantou a política de maneirar nas contratações este ano. O Vitória disputou a Série A com uma folha de aproximadamente R$ 1,050 milhão e saiu no prejuízo. “Vamos ter que vender alguém”, antecipa o presidente Alexi Portela Júnior. Segundo ele, nenhum jogador do clube tem proposta concreta para deixar o Vitória. O zagueiro Wallace, que deixou claro ainda no Brasileiro o desejo de deixar a Toca, ficou de levar uma proposta.
A corrida é por um diretor de futebol para ajudar nas contratações, setor de notória fragilidade em 2010. O clube contratou 29 jogadores para a temporada, mas contou com apenas quatro deles como titular no jogo final: Júnior, Fernando, Egídio e Adaílton.
Os dois primeiros fizeram teste antes de assinar. Imagine aí... “Algumas contratações não renderam o esperado. Enfim, tudo é uma somatória”, avalia Alexi. Certamente, esses “alguns” citados são Kléber Pereira, Thiago Humberto, Evandro, Soares, Renato...
A meta é iniciar a disputa pelo penta estadual com uma folha salarial de R$ 500 mil. Para a Série B, a expectativa é ampliar o valor do elenco para R$ 900 mil/mês, só R$ 150 mil a menos que o Leão capenga deste ano. Fica a lição: não se pode disputar a primeira com pegada de segunda.
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