Por Luciano Borges
Robinho veio caminhando em direção ao ônibus da delegação do Brasil. Olhou para uma equipe de televisão e viu um produtor com uma folha onde estava escrita a seguinte pergunta: “Quanto vai ser o jogo sábado?”. O atacante do Milan deu um sorriso, pensou um pouco e, quando já estava com um pé dentro do coletivo, olhou para o cinegrafista e com um gesto indicou: “Vou fazer dois gols”.
O ex-santista anda mordido. Ele sabe que, desde o empate com a Venezuela por zero a zero, virou a barbada nas apostas de quem perderia vaga no time de Mano Menezes já na partida contra o Paraguai, em Cordoba. Aparentemente, o treinador vai manter a mesma formação que iniciou o confronto diante dos venezuelanos.
Desde terça-feira e nas três sessões de treinos com bola até hoje, Mano manteve Robinho no ataque ao lado de Neymar e Alexandre Pato. O time passou por quatro atividades com campo reduzido, marcação apertada, para estimular troca rápida de passes e aprimorar finalizações.
Nesta quinta-feira, depois do trabalho de conjunto – com a presença de um cachorro da raça pastor alemão que liderou a corrida dos goleiros – o auxiliar-técnico Sidnei Lobo trabalhou o time com cruzamentos pelas laterais e a entrada de dois jogadores fazendo sempre um xis na área antes de bater em gol.
Nesta prática, Robinho comentava cada tentativa que fazia. “Ah, Rob, capricha mais”, gritou com ele mesmo quando errou uma batida com o pé esquerdo. “Abre o pé”, disse depois de bater de chapa com a direita, para fora. Mas chegou a comemorar com braços abertos quando enganou o goleiro Víctor com um chute no ângulo esquerdo. “É isso. Rob faz mais um gol pelo Brasil!”, brincou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário