Obras parada no Maracanã (Foto: Agência Reuters)A segunda greve nas obras do Maracanã em menos de 20 dias, deflagrada na madrugada desta quinta-feira, tem data para ser votada pelos operários envolvidos. Depois de modesto protesto no estádio, os cerca de três mil trabalhadores voltaram para suas casas já convocados para uma assembleia às 7h desta sexta, comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), e estão no aguardo de resposta por novas reinvindicações.
Responsável pela reforma, o Consórcio Maracanã Rio 2014 ainda não se manifestou, e um documento redigido pelo presidente do Sindicato, Nilson Duarte, deverá ser enviado ainda nesta quinta à entidade. Nele, as reclamações de falta de médico no turno da madrugada e suposta péssima qualidade da comida serão o principal assunto.
- Ninguém teve problema de saúde ainda, mas, no início, aceitávamos que houvesse só um enfermeiro porque eram 50 funcionários. Agora, a madrugada pulou para 100, depois 200 e já são quase 350. Por lei, é preciso ter um respaldo de acordo com esse crescimento. As cláusulas pertinentes ao dia e também alguns descumprimentos do acordo anterior estão sendo postas nesta pauta - confirmou Nilson Duarte, que não acredita em retorno imediato do trabalho.
Segundo os envolvidos, entre outros descontentamentos, não houve pagamento de horas extras e o valor da cesta básica não foi reajustado, como prometido.
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