A eliminação de Valente nas semifinais do Intermunicipal para Santaluz por 4 a 0 em pleno Estádio Evandro Mota continua sendo a pauta principal do esporte no município. Não pela derrota em si, mas como ela aconteceu. Uma ferida aberta que levará tempo para cicatrizar nos corações dos verdadeiros torcedores valentenses.
O torcedor que pagou o seu ingresso está no seu direito de protestar, porém não tem o direito de julgar, e pior, de acusar sem provas concretas que alguns jogadores entregaram o jogo em troca de supostas vantagens materiais como se comenta em toda região sisaleira. Isto ninguém pode provar.
Muitos ainda estão inconformados pela maneira passiva de Valente aceitar a derrota, apática, desorganizada e com o seu setor defensivo, até então o melhor da competição, “a menina dos olhos” de Zé Gambirra, se comportando irreconhecivelmente durante os noventa minutos. E justiça seja feita, com algumas exceções, o time não passou de um mero expectador da festa luzense. Em nada se comparava com a atuação de uma semana antes, quando venceu os donos da casa com absoluta autoridade por 2 a 1 em pleno Milton Góes, completamente lotado.
Postura totalmente diferente também de todas as 17 partidas anteriores, onde a seleção ganhou o reconhecimento até mesmo da torcida adversária pelas excelentes apresentações. Em Itamarajú, por exemplo, o ônibus da delegação valentense deixou o estádio sob aplausos após a vitória por 1 a 0 nas quartas de finais. Nem em Crisópolis quando foi prejudicada pela arbitragem se viu uma atuação tão calamitosa. Perdeu jogando, lutando, como se diz no linguajar do futebol.
Recentemente chegou uma avalanche de informações até a nossa redação, uma delas chamou a atenção, de um acontecimento dias antes do clássico.
Segundo uma fonte altamente segura que preferiu o anonimato, o grupo de jogadores do selecionado valentense havia solicitado a renda do jogo para ser rateado entre eles, ou seja, R$ 20 mil, oriundos dos 4 mil ingressos vendidos. A resposta negativa teria deixado parte do elenco insatisfeito. Insatisfação que de acordo com a fonte foi levada para dentro do campo.
Durante o intervalo, quando Valente perdia por 1 a 0, o clima no vestiário era de total abatimento, ninguém dava uma palavra com ninguém, nem mesmo a comissão técnica.
“Parecia que a gente já tinha sido eliminado, ainda faltando todo o segundo tempo. O único que tentou levantar o grupo foi o goleiro Whallisson, pedindo força pra gente”, revelou um dos jogadores.
Dias depois, um determinado jogador teria dado a seguinte declaração: “Quem gosta de troféu é ferrugem”.
Evidentemente que não temos o dom de prevê os acontecimentos nem muito menos queremos aqui fazer juízo de valor, apenas trazer a tona alguns acontecimentos que marcaram aquele “Evandraço” do dia 27 de novembro. Enquanto profissionais, preferimos acreditar que o time não estava num dia feliz, afinal ninguém esquece de jogar futebol da noite pro dia. O tempo vai trazer todas as respostas.
OBOLEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário