A cena foi tocante. Tão logo a mesa de cronometragem no Copper Box apitou a sirene dando como encerrado o jogo em que a Noruega eliminou o Brasil no torneio feminino de handebol dos Jogos Olímpicos de Londres, a goleira Chana Masson, a mais experiente do time brasileiro, simplesmente desabou em quadra. Ficou ali, chorando muito, sendo consolada pelas companheiras, inconformada pela derrota que afastou o Brasil da chance de brigar por medalhas. Mesmo na hora do cumprimento protocolar com as norueguesas, Chana continuava em prantos. Talvez por saber que esta tenha sido sua última oportunidade de brigar por uma medlaha olímpica.
"Nossa, estou frustrada demais com este resultado. Muito triste", disse Chana ao chegar à zona mista, ainda com os olhos vermelhos de tanto chorar. Aos 33 anos e mais experiente jogadora da seleção (integra a equipe desde os 18 anos), Chana sabia que o Brasil tinha nestas Olimpíadas a oportunidade de conseguir um resultado histórico. Pode ser que para ela mesma, tenha sido a última chance.
"Não sei se continuarei na seleção ou se tentarei ir às Olimpíadas do Rio. Ainda preciso parar e refletir sobre isso, mas agora não tenho condições", explicou a goleira, que adiou o sonho de ser mãe para brigar por uma inédita medalha olímpica em Londres .
Agora, no momento de curar as feridas por mais uma derrota doída - no último Mundial, realizado no Brasil em dezembro de 2011, a seleção perdeu para a Espanha com um gol nos segundos finais do jogo -, Chana acredita que as jogadoras brasileiras trarão de Londres uma importante lição. "No handebol, não se pode relaxar em nenhum momento. Temos que jogar 60 minutos sem perder o foco e não achar que estar ganhando de cinco gols significa que vá ganhar o jogo. Em handebol tudo isso muda a qualquer momento", disse Chana.
IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário