Contratado pelo Shakhtar Donetsk, o meia Douglas Costa enxerga a possibilidade de se transferir em pouco tempo

Foi durante uma soneca que Douglas Costa recebeu a notícia mais importante da carreira. Na noite desta quarta-feira, enquanto seguia de ônibus com a delegação do Grêmio para a pré-temporada em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, teve o sono interrompido pelo empresário dele, César Bottega. "Longe de ser um pesadelo", ele frisa. Era o aviso sobre o sucesso da negociação com o Shakhtar Donetsk. Por 6,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 16,9 milhões), o clube ucraniano adquiriu 80% dos direitos econômicos do jogador de 19 anos. O Tricolor continua tendo direito a 20% do valor de uma futura negociação do meia, que assinou contrato de cinco anos. Apesar do longo acordo, Douglas enxerga o novo clube como trampolim para um dos gigantes da Europa.


- Não penso em ficar no Shakhtar uma vida toda, mas por um ou dois anos. A ideia é fazer uma ponte para atingir meu objetivo, que é jogar por um grande clube na Europa – afirmou.

Douglas tem sete anos de estádio Olímpico. Chegou ainda criança ao clube, aos 12, e sempre foi tratado como joia.


- Saio com um gosto de quero mais. Comecei bem no Grêmio, mas tive altos e baixos. Fico chateado por deixar o time sem ter conquistado um grande título, por isso quero voltar um dia. Não fechei minhas portas no Grêmio. Posso voltar e dar alegrias ao torcedor – disse.

Sobre a expectativa de integração ao elenco do novo clube, o atacante acredita que a presença de compatriotas no grupo tornará as coisas mais fáceis para ele – atualmente, atuam no Shakhtar os brasileiros Ilsinho, Jadson, Willian, Fernandinho, Luís Adriano, Leonardo e Alex Teixeira.

- Liguei para o Alex Teixeira e ele disse que é um grande clube – contou.

Douglas embarca para a Ucrânia na próxima sexta-feira.